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Belle Époque


Daqui a algum tempo, seremos todos sobreviventes, mais humanos, mais reticentes. Alguns serão mais éticos e outros mais céticos.

Eu decidi o que vou fazer: serei consumista!

Mas só comprarei de empresas que se comportaram com seriedade durante o evento que mudou o mundo, no que eu entendo como propósito: ética, interesse genuíno nas pessoas, ecologia e empatia.

Vou fazer mais reuniões presenciais, incentivar o contato humano e fazer funcionar as estruturas, não importa onde: na CDA, em coworkings, nos clientes. E olhar para as pessoas fora da tela, sorrir nas negociações, ouvir de perto as demandas de clientes e continuar a dividir ideias. Que venha novamente o contato direto e pessoal com os stakeholders!

Quando tudo passar, vou frequentar academias, cinemas, livrarias; vou me presentear com dois tênis Nike, comprados em diferentes lojas físicas, ouvindo o vendedor dizer que aquele produto é a minha cara. E vou experimentar muitas roupas na Maze, na Renner ou na C&A, como retribuição à esperança que trouxeram com o aceno de projetos de futuro em meio a um presente incerto.

Vou comprar um carro novo, será Jeep ou Fiat, ainda não decidi, mas farei questão de ir às concessionárias olhar os modelos, pegar folhetos, fazer test drive e receber contatos digitais daquele vendedor físico. Vou abastecer na Ipiranga e valorizar cada iniciativa das montadoras em ambientar seus espaços, juntando físico com digital, tudo em nome da melhor experiência para seus clientes.

Quando tudo isso passar, vou passear pelas vitrines dos shoppings e lojas de rua, vou comprar sandálias Ipanema e perfumes do Boticário, e valorizar o merchandising feito com excelência pelas incríveis empresas brasileiras de design. Vou querer mais satisfações reais e menos experiências virtuais, viajar para lugares inusitados, conhecer novos hotéis e pontos turísticos, ou simplesmente pedir um prato diferente no meu restaurante de sempre.

Se eu estiver pelo Nordeste, farei uma visita à Ferreira Costa para comprar coisas do lar, meu jeito de reconhecer e valorizar um grande home center brasileiro, gente talentosa e parceira. E, já que estamos falando da decoração do home office, gostaria de recomendar Suvinil.

Quando tudo isso passar, entenderemos que mundos estarão misturados, que físico não é apenas proximidade, e que digital também pode conter afeto. Mas também entenderemos definitivamente que a experiência humana ainda requer que produtos sejam tocados, vistos com as mãos, experimentados, visualizados em 3D.

Quando voltarmos para o mundo real, novo normal, anormal, whatever, entenderemos que vendedores e vendedoras são muito mais importantes do que chatbots, e que uma reunião presencial pode conter um universo de criatividade e colaboração que vem com o olhar, com o gestual e, que bom!, amparados por toda a tecnologia à disposição.

E quando tudo isso passar, não esqueçamos nunca mais de quanto são importantes - e vou colocar propositalmente no gênero feminino - as faxineiras, médicas, garis, enfermeiras, porteiras, motoristas de ambulância, professoras e coveiras.

Estamos em casa, com olhos e ouvidos atentos ao mundo, seguindo protocolos, trabalhando muito, sendo resilientes e nos tornando mais gente. Contem conosco. Sigamos em frente.

*Artigo originalmente publicado no LinkedIn do autor.

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MIGUEL CASAGRANDE

Diretor comercial e ombudsman da empresa, é o responsável pela filosofia de atendimento e estratégia da CDA.


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